quinta-feira, 29 de março de 2012

Jean Paul Guerlan! Injúria Racista!

Racismo = multa 6 mil euros e má reputação!
O tribunal correcional de Paris condenou nesta quinta-feira Jean-Paul Guerlain, herdeiro da famosa casa de perfumes Guerlain, a uma multa de 6.000 euros por injúria racista, por causa das declarações feitas em 2010 sobre os negros que provocaram indignação e um pedido de boicote da marca.
Guerlain foi julgado por declarações feitas em 15 de outubro de 2010 ao canal France 2. Naquele dia, referindo-se à criação do perfume Samsara, o ex-perfumista de Guerlain afirmou: "Pela primeira vez, trabalhei como um negro. Não sei se os negros trabalharam muito sempre, mas, enfim...".
O tribunal absolveu Guerlain a propósito da primeira frase, mas o condenou pela segunda.
Além da multa, deverá pagar 2.000 euros por perdas e danos a cada uma das associações contra o racismo que apresentaram a queixa: Mrap, Licra e SOS Racisme.
Em seu veredicto, o tribunal considerou que, apesar de "a expressão 'trabalhar como um negro' seja antiquada e desagradável e poder escandalizar algumas pessoas, não constitui uma injúria no contexto litigioso".
Em compensação, os magistrados ressaltaram que a segunda parte da frase implicava "sugerir o ócio de um grupo de pessoas devido a sua origem ou raça", o que é "simultaneamente depreciativo e injurioso".
"Já não estamos na época em que podem prevalecer preconceitos surgidos na época colonial", afirmou o advogado da SOS Racisme, Patrick Klugman.
Sua colega, Sabrina Goldman, advogada da Licra, disse que se sente "muito satisfeita com a decisão, que permitiu compreender que Guerlain não tentou dizer algo humorístico, e que o racismo não é uma opinião, e sim um crime."
O advogado do perfumista, Basile Ader, não sabe dizer se seu cliente, ausente na sessão, apelará ou não da condenação.
As reações de protesto aos comentários do criador foram imediatas na ocasião e Guerlain chegou a pedir desculpas, afirmando que suas palavras não refletiam seu pensamento.
Durante a audiência de 2 de fevereiro, Guerlain confessou que suas declarações foram "uma idiotice".
"Peço desculpas à comunidade negra por esta idiotice", repetiu em várias ocasiões o homem que até então era conhecido por ter lançado cerca de 40 perfumes de fragrâncias inesquecíveis, de Vétiver até Habit rouge, passando por Samsara e Jardins de Bagatelle.
Seu pedido de desculpas, no entanto, não bastou para acalmar a polêmica, nem para evitar que várias organizações de luta contra o racismo apresentassem uma queixa judicial.
Com 75 anos de idade e aposentado desde 2002, Guerlain trabalhou 47 anos na empresa da família e continuou sendo conselheiro da empresa depois de se aposentar.
Mas a empresa interrompeu esta colaboração dias depois de suas declarações sobre os negros por considerá-las inadmissíveis.

Racisme = amende 6 mil euros et une mauveise reputation!!!!
En effet, le parfumeur est poursuivi pour des propos du même acabit. «Pour une fois, je me suis mis à travailler comme un nègre. Je ne sais pas si les nègres ont toujours tellement travaillé, mais enfin...», avait-il déclaré, en octobre 2010, dans un journal télévisé de France 2.
Des déclarations qui, à l'époque, ont suscité une vive polémique. Et pour lesquelles Jean Paul Guerlan est passé devant le tribunal correctionnel de Paris, le 9 février, suite à des plaintes déposées par des associations de lutte contre le racisme (MRAP, SOS-Racisme et Licra). Après avoir présenté ses excuses, le septuagénaire a tenté de se justifier à la barre: "Je suis tout sauf raciste!", a-t-il lancé. Avant de qualifier ses propos "d'imbécilité"et préciser qu'il voulait "faire rigoler la journaliste».
Le parquet, nonobstant ces explications, a requis 7500 euros d'amende. Pour injure raciale, Jean-Paul Guerlain encourt une peine maximale de 6 mois de prison et 22.500 euros d'amende. Le 29 mars, la décision du juge est attendue. Sera-t-elle influencée par ce malheureux épisode? En tout cas, d'après des témoins de la gare du Nord, un proche du parfumeur lui aurait conseillé "de se taire, d'arrêter de dire n'importe quoi devant tout le monde, alors que la première procédure n'est pas encore terminée".
Indifnation des associations anti-racisme:
Du côté des associations de lutte contre le racisme, les épithètes péjoratifs ne manquent pas pour qualifier le "dérapage" de Jean-Paul Guerlain. Parlant de propos "nausébonds", la co-présidente du MRAP, Béatrice Hétier, réagit: "Il a déjà tenu des propos inimaginables et il recommence: c'est sa nature profonde qui ressort. Désormais, il n'y a plus guère de doute sur sa bonne fois" lorsqu'il dit qu'il n'est pas "raciste".
Pour SOS-Racisme, ce nouvel événement donne à l'affaire une tournure "pathétique". "C'est un multirécidiviste!»" s'offusque-t-on du côté de l'association de lutte contre le racisme, qui annonce qu'elle se constituera partie civile auprès des plaignants. Une démarche que devrait également entreprendre la Licra. Son président, Alain Jakubowicz, voit au-delà du «cas pathologique» de Jean-Paul Guerlain une «tendance à la libération de la parole raciste, de type "café du commerce", impulsée par le débat sur l'identité nationale et la campagne électorale".

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